Processador da sonda New Horizons é o mesmo do primeiro PlayStation

Processador da sonda New Horizons é o mesmo do primeiro PlayStation

A sonda espacial New Horizons alcançou ontem a distância mais próxima de Plutão, após viajar mais de 4,5 bilhões de quilômetros durante 9 anos. Mas o que poucas pessoas sabem é que a nave responsável por esse grande passo da humanidade possui o mesmo processador do PlayStation 1, o console da Sony que alegrou a infância de uma geração de gamers.

A CPU MIPS R300, que antes rodava jogos clássicos como “Final Fantasy VII”, “Spyro The Dragon” e “Metal Gear Solid”, era utilizada pela Nasa nos anos 2000 em propulsores de incêndio, sensores de monitores (que vemos em vários filmes), e também na transmissão dos dados da sonda New Horizons, que foi lançada ao espaço em 2006 rumo ao planeta anão.

Apesar da nave ter sido lançada em 2006 e o processador ter ficado popular lá nos anos 90 com o uso do PlayStation, a escolha da Nasa foi planejada e a agência espacial sabia que estava utilizando um processador relativamente ultrapassado, levando em consideração que o chip presente no PS2, que já tinha sido lançado, possuía o dobro da velocidade presente no MIPS R300. A Agência não queria velocidade, mas sim um chip confiável, que já tivesse passado por vários testes e com muita resistência, e o MIPS R300 se encaixou perfeitamente nessa combinação de fatores.

A prática de pegar chips das antigas e que já passaram por diversos testes é uma bastante comum na Nasa, já que a agência precisa de chips confiáveis. Um exemplo é a espaçonave Orion, que possivelmente levará humanos para marte algum dia. A nova geração do ônibus espacial vai utilizar um processador  da IBM feito em 2002. A resistência dos processadores também é impressionante, já que eles devem durar grandes períodos de tempo em um ambiente nada amigável e em condições adversas.

Com isso, concluímos que o processador do seu smartphone é mais rápido do que os chips utilizados pela Nasa, que rodam gráficos de PS1, mas sobrevivem a uma década no espaço.

 

Fonte: UOL

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